O momento final mais desejado entre quatro paredes? O orgasmo. Todas o queremos, mas nem todas o alcançamos. Há mulheres que têm orgasmos todas as semanas – mas há mulheres que nunca sentiram a euforia desejada. Se é um destes casos, trazemos-lhe um pouco de ciência para a ajudar a chegar a este pico de prazer.
Um orgasmo, independentemente da pessoa que o tem, é um clímax no processo de excitação. Um estudo divide este grau máximo de prazer em quatro fases:
- A construção da excitação, onde se sentem pequenas pontadas de desejo enquanto o corpo se prepara;
- O estado de prazer constante, em que a respiração se intensifica;
- O orgasmo, enquanto explosão de prazer e de libertação;
- Por fim, o relaxamento.
Embora as expetativas da outra pessoa em relação aos nossos orgasmos – e ao nosso próprio interesse em sentir o orgasmo – nos possam fazer sentir que precisamos de atingir este auge sempre que fazemos sexo, o facto é que este tipo de pressão pode prejudicar a qualidade da relação sexual. Uma vida sexual feliz não significa necessariamente ter um orgasmo alucinante durante cada experiência sexual.
Muitas pessoas relatam que nem todos os orgasmos são iguais, uma vez que as nossas mentes e corpos mudam de dia para dia. Por isso, esperar que um determinado tipo de estimulação provoque sempre a mesma experiência não é realista. O orgasmo é apenas um dos muitos elementos importantes para a satisfação sexual. No entanto, de acordo com um estudo do Journal of Sexual Medicine, quanto mais tempo durar o sexo, maior é a probabilidade de experimentar o «grande O».
O QUE ACONTECE DURANTE O ORGASMO?
Durante o orgasmo, a vagina, o útero e o ânus (e, por vezes, outras partes do corpo) contraem-se rapidamente várias vezes. De acordo com a publicação americana Healthline, a mulher também pode ejacular, libertando um líquido da uretra que contém uma mistura de líquido esbranquiçado das glândulas periuretrais e urina.
Porém, uma vez que o sexo não tem um manual, nem sempre é isto que acontece. É fundamental conhecer-se e encontrar aquilo de que o seu corpo mais gosta, para que, depois, consiga verbalizar essas necessidades.
Quantos tipos de orgasmo feminino existem?
Muitos artigos científicos afirmam que existem entre 4 e 15 tipos diferentes de orgasmos. Ainda não foi totalmente comprovado que diferentes estímulos possam causar diferentes tipos e/ou intensidades deste pico de prazer.
Orgasmo clitoriano
O orgasmo padrão. A estimulação do clitóris é, provavelmente, a forma mais fácil de ter um orgasmo. Estes orgasmos resultam da estimulação direta do clitóris e são descritos como "explosivos e de curta duração", de acordo com um estudo publicado na revista académica NeuroQuantology.
Contendo um sem-número de terminações nervosas, o clitóris está localizado na parte da frente da vulva feminina. Quando o orgasmo acontece, este pequeno órgão aumenta de tamanho e torna-se mais sensível à medida que a pessoa fica mais excitada.
Orgasmo vaginal
Também conhecido como o orgasmo ponto G, o orgasmo vaginal é frequentemente alcançado por meio da relação sexual, e não necessariamente pela estimulação clitoriana. Estes orgasmos são descritos como sendo «de corpo inteiro» e duram mais do que os orgasmos clitorianos. Mulheres que relatam ter orgasmos vaginais também podem apresentar uma maior probabilidade de ter orgasmos múltiplos.
Orgasmo combinado
Este tipo de orgasmo ocorre quando os orgasmos clitoriano e vaginal acontecem simultaneamente. Sabe-se que estes orgasmos duram entre 1 e 15 minutos, culminando num prazer de elevada dimensão.
Estimulação das zonas erógenas
Os orgasmos causados pela estimulação de outras partes do corpo, além dos órgãos genitais, ainda não foram alvo de muita pesquisa. Alguns estudos sugerem que é possível ter orgasmos por meio da estimulação da boca, dos mamilos, dos seios e do ânus.
Outras zonas do corpo, como as orelhas, o pescoço, os cotovelos e os joelhos, ainda podem, segundo o Healthline, causar uma reação prazerosa quando beijadas e tocadas. Em pessoas mais sensíveis, essa estimulação contínua pode levar ao orgasmo.
Orgasmo anal
Estes orgasmos são muito mais comuns em homens devido à próstata, mas também podem ser alcançados através da estimulação da parte externa da abertura anal e da parte interna do ânus.
COMUNICAR PARA TER PRAZER
Em qualquer tipo de relação sexual, a comunicação é a chave. Dizer à outra pessoa aquilo que quer – e como quer – é a melhor forma de garantir o máximo de prazer. Pode pedir o que deseja por palavras ou através da sua linguagem corporal. O importante é comunicar.
Experimentar e alcançar o orgasmo não requer outra pessoa. O seu prazer depende de si. Todos os corpos são diferentes e o caminho percorrido até chegar ao orgasmo envolve várias tentativas e descobertas.
Fontes: Clue e Healthline