Ansiedade Social, Mais do Que um Problema de Timidez

Ansiedade Social, Mais do Que um Problema de Timidez

Alguma vez suou antes de fazer uma apresentação em público ou sentiu-se tímida ao entrar numa sala cheia de estranhos? A sensação de nervosismo ou de desconforto numa situação social é algo que quase todas nós conhecemos, mas a verdade é que esta pode tomar proporções que podem afetar a nossa saúde mental.

A ansiedade social, também conhecida como fobia social, é um tipo de transtorno de ansiedade que causa medo extremo em situações e ambientes sociais. Pessoas com este transtorno têm dificuldade em socializar, conhecer novas pessoas e participar em reuniões sociais, uma vez que temem ser julgadas ou avaliadas pelos outros, sentindo-se incapazes de superar os seus medos.

Ao contrário da timidez, que costuma ser de curta duração, a ansiedade social é persistente e debilitante, podendo afetar a nossa capacidade de frequentar a faculdade, de trabalhar ou de desenvolver relacionamentos próximos com os outros.

 

O que pode estar na origem da ansiedade social?

Segundo Vanda do Nascimento, terapeuta e instrutora de Mindfulness, “este tipo de ansiedade pode ser desencadeado por inúmeras razões diferentes, porém, de um modo geral, existe sempre uma ligação ao stress e à ansiedade comum. É uma bola de neve: a pessoa sente-se cansada, com o sistema nervoso debilitado, e agitada só de saber que irá estar em ambiente de convívio”.

Algumas das situações comuns que podem desencadear este tipo de ansiedade são:
Falar em público;
Falar com estranhos;
Ir a festas;
Conversar ao telefone;
Entrevistas de emprego;
Comer à frente de outras pessoas;
Fazer contacto visual;
Usar casas de banho públicas.


Sintomas

É possível que nem todas as circunstâncias acima sejam um problema para alguém que sofra de fobia social: ir a uma festa pode ser um pesadelo, mas falar com estranhos, por exemplo, pode não causar qualquer tipo de confusão. Ainda assim, de acordo com o Healthline, os sintomas deste transtorno podem ocorrer em todos os ambientes sociais se estivermos perante um caso extremo de ansiedade social. Algumas dessas manifestações são:
Suor excessivo;
Náuseas;
Dificuldades na fala;
Tremores;
Tonturas;
Vertigens;
Frequência cardíaca rápida.

Por outro lado, podem desencadear-se outro tipo de consequências:
Faltar à escola ou ao trabalho;
Sentir medo constante de situações sociais devido ao medo de ser humilhada;
Sensação de ansiedade ou pânico antes de uma interação social;
Medo de sentir vergonha em contexto social;
Necessidade de álcool para enfrentar a socialização.

O transtorno de ansiedade social impede o indivíduo de viver a sua vida com normalidade, já que este terá tendência a evitar situações que a maioria das pessoas considera «normais». Desta forma, o risco de ter pensamentos negativos, de sofrer de depressão e/ou de ficar com baixa autoestima, aumenta consideravelmente. Se a sua ansiedade social a impede de fazer as coisas de que gosta e que precisa de fazer, deverá conversar sobre os seus medos e preocupações com um médico ou terapeuta experiente no tratamento do transtorno de ansiedade social.

 

Diagnóstico e tratamento

O profissional de saúde mental detetará um transtorno de ansiedade social a partir de uma descrição dos sintomas e após examinar certos padrões de comportamento.

Existem vários tipos de tratamento para este problema, sendo que os resultados variam de pessoa para pessoa. Algumas pessoas precisam apenas de um tratamento, enquanto outras poderão sentir necessidade de optar por mais do que um.

Algumas das opções são:
Terapia cognitivo-comportamental;
Terapia de exposição;
Terapia de grupo;
Terapias alternativas (acupuntura, reflexologia, reiki, etc.)

 

Mudanças na rotina que fazem a diferença

Existem algumas mudanças no estilo de vida que podem melhorar os sintomas deste transtorno, nomeadamente evitar a cafeína, o chocolate e os refrigerantes, que são estimulantes e podem aumentar a ansiedade, bem como ter um sono de qualidade e evitar a nicotina e o álcool.

 

A importância de contrariar os pensamentos negativos

Pessoas com ansiedade social tendem a sofrer com a permanência de pensamentos negativos e intrusivos, podendo temer que determinada situação social as embarace ou envergonhe. É importante aprender a identificar quaisquer pensamentos negativos que possam aparecer reiteradamente, analisando-os e desafiando-os. Ao avaliar os pensamentos e emoções, é possível dominar os pensamentos negativos e substituí-los por outros mais positivos.


Pessoas Altamente Sensíveis (PAS)

Além da ansiedade social, existe uma outra condição que nem sempre tem a atenção que lhe é devida: a hipersensibilidade. Segundo Vanda do Nascimento, “as Pessoas Altamente Sensíveis (PAS) têm vindo a surgir cada vez mais e são extremamente sensíveis a determinados sons, à confusão do trânsito, à energia das pessoas, etc.”.

A nível social, este tipo de pessoa “precisa de reunir algumas condições específicas para que não sinta tanta ansiedade em contexto de sociabilização” e, geralmente, “prefere estar em grupos pequenos, evitando a confusão sonora e visual”, esclarece a terapeuta.

Experienciando o mundo de maneira diferente das outras pessoas, o indivíduo altamente sensível é mais consciente das subtilezas, processando-as de forma mais profunda. “Pode até não estar a passar por nenhum problema ou ansiedade em concreto, mas só o facto de ter uma sensibilidade extremamente elevada cria-lhe ansiedade social, algo que vai requerer um enorme esforço da sua parte para socializar, seja em que contexto for: entre família, amigos, no local de trabalho, em espaços com muita gente ou com muita informação...”.

Sendo pessoas que recebem muitos estímulos, o esforço que fazem é diferente e, portanto, todos estes processos acabam por trazer “muito cansaço ao cérebro”, trazendo, consequentemente, “cansaço ao organismo”, eliminando a predisposição que poderia restar para estar com outras pessoas.

 

Aceitar a sensibilidade

A hipersensibilidade também faz com que os momentos de maior felicidade também sejam experienciados e sentidos ao máximo. Uma Pessoa Altamente Sensível (PAS) pode, muitas vezes, ter uma maior consciência e empatia pelos outros. Seja gentil consigo mesma, cuide da sua saúde mental e, se for caso disso, celebre a sua sensibilidade todos os dias.

 

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