A ciência tem vindo a provar a importância da mente. É ela a responsável pelo equilíbrio do nosso sistema nervoso que, consequentemente, coordena as funções de muitos dos nossos órgãos. Porém, algo anda a funcionar menos bem no nosso país — e talvez no mundo.
Dos 34 países que integraram um estudo epidemiológico integrado no World Mental Health Survey Initiative, da OMS e da Harvard University, Portugal teve a 4ª mais elevada taxa de prevalência anual de perturbações psiquiátricas nos adultos, tendo ocupado o primeiro lugar em perturbações de ansiedade, de depressão, de impulsividade e de alcoolismo.
Portugal é, também, um dos países cuja população mais consome antidepressivos e ansiolíticos. Logo, algo não está bem. A questão é: o mal está nos médicos e/ou profissionais do ramo ou nos pacientes?
Pelos vistos, o mal não é de ninguém em especial, mas sim de todos. Ou melhor, não temos vindo a ter a educação certa (tanto médicos como pacientes) para corrigir este problema. A nossa sociedade ocidental especializou-se na teoria mecanicista onde a medicação é muitas vezes sobrevalorizada. Isto quer dizer que a medicação é, obviamente, importante, mas o resto tem de ser feito por nós, e isso ninguém nos ensinou.
Por exemplo: é claro que dormir bem é fundamental, assim como ter uma alimentação equilibrada e fazer exercício físico. Isto é a base. E é indispensável. Mas é importante saber gerir pensamentos, emoções e/ou sentimentos e todo um leque de processos mentais que, sem persistência, não se cimentam no nosso organismo.
Contudo, esta gestão tem de ser feita de forma diferente daquela que aprendemos. Por isso, é urgente reaprender – ou aprender pela primeira vez. Hoje, já tem à sua disposição muitas práticas que ajudam a mudar velhas filosofias de vida e a equilibrar o sistema nervoso. Talvez até conheça algumas delas e saiba explicar como funcionam, mas, honestamente, se nada fizer, só o seu consciente é que sabe (conhecimento) mas o seu corpo/organismo não (sabedoria). Quando o corpo não executa, é o mesmo que não saber. Não mudando os pensamentos, os comportamentos tanto físicos como mentais (e orgânicos) ficam iguais, não se obtendo novos resultados.
Saia da sua obsoleta zona de conforto e vá à procura de saúde. Sem dúvida que a prática do Mindfulness ajuda muito, mas pode sempre optar por outra prática mais mística como o Reiki, por exemplo, que não só é uma boa prática como também tem uma filosofia de vida muito bonita e eficaz.
Não perca mais tempo. Agarre-se à vida. E a vida começa na consciência, na sua mente. Comece com pequenas mudanças. Tudo o resto virá depois. E vai ser muito bom.
Vanda do Nascimento é terapeuta, formadora e instrutora de Mindfulness na Escola de Mindfulness Essencial, fundada por si em 2016. Começou, em 1997, a sua carreira como professora, ao licenciar-se em Educação. Nessa mesma data, também iniciou os seus estudos em Reiki, Meditação e Atenção Plena. Posteriormente, enveredou pelos caminhos da Psicologia e aprofundou, ainda mais, a temática do Mindfulness, de forma a continuar a sua luta no controlo do stress e da ansiedade.