Dias de Sol, praia, mar, campo e... manchas no corpo. A nossa pele precisa que cuidemos dela ao longo de todo o ano, mas é no verão que todos os cuidados devem ser redobrados. Provavelmente, já se questionou se as manchas que aparecem no rosto desaparecem por conta própria, ou se pode fazer algo para as eliminar. Falamos-lhe sobre os principais tipos de manchas cutâneas e ajudamo-la a perceber o que pode fazer para as prevenir.
O que pode causar manchas na pele?
Na sua página oficial, a rede hospitalar CUF explica que “as manchas na pele podem aparecer em praticamente qualquer zona do corpo, em diversas idades, apresentando diferentes cores e feitios”.
As manchas “não são todas iguais e podem ser causadas por vários fatores, como a gravidez ou até a toma de determinados medicamentos; a sua cor pode ir do castanho-escuro ao branco; e a sua localização tanto pode ser na testa como no tronco”.
De acordo com a SPDV – Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, "algumas manchas castanhas de cor uniforme e bordo regular e muito nítido são sinais de exposição exagerada ao Sol e traduzem um «envelhecimento» acelerado da pele". "Se a mancha tiver outro aspeto, nomeadamente se for assimétrica, com cor irregular e um bordo pouco visível, deve ser observada pelo dermatologista", lê-se no site da entidade.
Saber distinguir os diferentes tipos de manchas é fundamental para que o tratamento escolhido seja o mais adequado. Para tal, pode ser necessário recorrer a ajuda profissional.
Várias são as causas possíveis para o aparecimento das manchas na pele, nomeadamente:
- Predisposição genética;
- Infeções causadas por fungos;
- Envelhecimento cutâneo;
- Alterações hormonais;
- Gravidez;
- Exposição excessiva ao Sol;
- Toma de determinados medicamentos.
Tipos de manchas
Melasma
O melasma é um problema dermatológico não contagioso “provocado pela hiperpigmentação (produção excessiva e distribuição irregular de melanina, pigmento que dá cor à pele)”, como explica a CUF. Passar protetor solar com fator de proteção máximo todos os dias é fundamental para contornar este problema, mas consultar um dermatologista é imperativo para compreender quais os produtos mais adequados ao quadro clínico em questão.
Cloasma gravídico
Durante a gravidez, as hormonas aumentam os níveis de melanina no organismo, originando uma espécie de máscara escura no rosto. A causa da hiperpigmentação deste tipo de melasma é transitória e, como tal, as manchas na pele desaparecem alguns meses depois do parto.
Manchas causadas pelo sol
As manchas causadas pelo Sol têm como causa as longas horas de exposição solar sem uso de protetor. O rosto, o pescoço, as mãos e os braços são algumas das zonas mais afetadas por este tipo de manchas, que podem ser eliminadas através da esfoliação (no caso das manchas mais claras). A solução também pode passar pelo uso de um creme clareador adequado, bem como por tratamentos a laser.
Micose superficial da pele
De acordo com a CUF, “se apresenta manchas na pele ou máculas de cor esbranquiçada num tom mais claro do que o seu tom de pele, isso pode ser sinal de uma micose superficial da pele ou pitiríase versicolor (nome científico), vulgarmente apelidada de «pano branco»”. “Esta despigmentação da pele é provocada por um fungo presente na pele humana, sobretudo em zonas com maior oleosidade”, podendo “provocar descamação e, por vezes, comichão”.
Vitiligo
Sem causa clinicamente comprovada, o vitiligo é uma doença que provoca a despigmentação progressiva da pele, manifestando-se em manchas na pele de tom claro em algumas zonas do corpo e do rosto. Existem várias terapias disponíveis para restaurar a pigmentação natural da pele, sendo que alguns tratamentos podem ter efeitos secundários.
Tratamentos
Para um diagnóstico correto, o dermatologista é o profissional mais indicado a consultar. No entanto, tanto a prevenção como o tratamento deste tipo de problema pode passar por:
- Aplicar protetor solar;
- Em casos de melasma, usar cremes tópicos e peelings;
- Tomar medicamentos antifúngicos orais ou sistémicos.
Nos casos de cloasma gravídico, “pode não ser necessário ir além da fotoproteção”; em situações de vitiligo, “a pele responde bem ao tratamento de repigmentação”, esclarece a CUF. Procure um dermatologista antes de recorrer a fármacos que podem não ser os mais indicados para o seu caso.