Frieiras – Como Se Proteger?

Com as várias mudanças de temperatura, mesmo que redobremos as nossas precauções, por vezes o inevitável acontece e somos assombradas pelas temidas frieiras. Estas pequenas lesões, causadas pela inflamação de pequenos vasos sanguíneos após a exposição ao ar frio, costumam ser muito incómodas e dolorosas, podendo afetar a pele das mãos e dos pés.

Este distúrbio vascular induzido pelo frio apresenta-se sob a forma de manchas de pele, que parecem inchadas e avermelhadas (ou até mesmo azuladas). Outros sintomas possíveis são a sensação de queimadura, o prurido, a descamação e até fissuras.

Uma vez que a pele é a nossa principal barreira protetora da ação dos agentes de agressão externos, os cuidados a ter devem ser diários, por forma a prevenir o surgimento destas lesões, sobretudo nesta altura do ano.

Sendo um problema característico dos dias de inverno, as frieiras afetam, normalmente, as extremidades do nosso corpo, pelo facto de estas estarem mais propensas a uma circulação sanguínea insuficiente.

O que causa frieiras?

As baixas temperaturas podem, efetivamente, afetar pequenos vasos sanguíneos perto da superfície da pele. Quando aquecidos, esses pequenos vasos podem expandir-se muito rapidamente e, por isso, causar um vazamento de sangue no tecido próximo, resultando em inchaço, algo que irá irritar os nervos da zona afetada. O resultado? Dor e irritação.

Estando a contração excessiva dos pequenos vasos sanguíneos (existentes à superfície da pele) na origem desta inflamação, de acordo com o médico podologista Manuel Portela o seu desenvolvimento “irá depender da sensibilidade de cada pessoa”.

Mas a exposição ao frio, à humidade e ao vento não é o único fator de risco para o desenvolvimento de frieiras. Segundo o especialista, “existem outras condições que podem contribuir para o seu aparecimento, como sejam os antecedentes familiares, alguns problemas de saúde (problemas circulatórios e cardiovasculares que possam afetar a circulação sanguínea) e as doenças crónicas (como é o caso da diabetes, que afeta a sensibilidade do organismo ao frio)”. Além de tudo isto “também as diferenças de temperatura acentuadas, o uso de roupas e calçado muito justos, um baixo índice de massa corporal, o tabaco e o álcool são fatores de risco”, acrescenta.

Normalmente, as frieiras são passageiras e desaparecem num espaço de duas a três semanas. Ainda assim, para contrariar esta condição são necessários alguns cuidados, como manter a pele das regiões afetadas seca, evitando a sua exposição ao frio e a fontes de calor.

Se os sintomas agravarem, deverá recorrer a um especialista, especialmente se sofrer de frieiras de forma recorrente, se não verificar melhorias no espaço de duas a três semanas ou se tiver febre ou dificuldades motoras.

Nas palavras de Manuel Portela, algumas pessoas devem tomar uma atenção extra face a esta questão: “Diabéticos ou doentes com problemas circulatórios devem ter cuidados redobrados”, sublinha.

Como prevenir este problema?

São várias as medidas de prevenção para evitar o aparecimento de frieiras. Podemos começar por “hidratar bem os pés”, pois apesar de a pele seca estar frequentemente associada aos dias mais quentes do ano, “também o frio requer cuidados ao nível da hidratação da pele”. Manuel Portela recomenda o uso de cremes hidratantes, específicos para a zona afetada, aconselhando, também, que a exposição ao frio e que as mudanças bruscas de temperatura sejam evitadas.

Outros gestos que podem prevenir esta condição são evitar o café e o tabaco, bem como beber muita água, fazer uma alimentação saudável, praticar exercício físico e usar roupa e calçado confortáveis.

Como tratar as frieiras?

Normalmente, as frieiras acabam por desaparecer por si mesmas. Porém, em alguns casos, os médicos prescrevem medicamentos para a pressão arterial, para que os vasos próximos à superfície da pele se possam abrir mais facilmente, reduzindo a inflamação.

Protegendo as mãos e os pés da exposição ao frio, estaremos sempre um passo à frente desta problemática. Em casa, aquilo que podemos fazer é tentar aquecer, lentamente, a área afetada, colocando-a debaixo de um cobertor. Devemos evitar aplicar calor direto, porque aquecer a área muito rapidamente pode piorar os sintomas.

Massajar ou esfregar a área não são boas opções, uma vez que a partir daí a irritação pode aumentar significativamente. Aplique uma loção suave e sem perfume na área, para manter a pele hidratada.

Se sofrer de frieiras e os seus sintomas persistirem por mais de três semanas, aconselhe-se com o seu médico para que possa ser feito um diagnóstico e tratamento adequados.

Como cuidar das suas mãos em tempo de pandemia?

A pandemia obrigou-nos a adotar novos hábitos, nomeadamente o de passar a desinfetar as nossas mãos várias vezes ao dia. No entanto, o uso excessivo deste nosso melhor amigo traz consequências, uma vez que este apresenta características que podem afetar os microbiomas que residem nos nossos tecidos e que são benéficos para o organismo.

Não sendo este o único problema que advém do uso compulsivo de álcool gel, um dos resultados mais visíveis é o facto de passarmos a ter as mãos mais secas.

O primeiro passo para abolir esta sensação é, ao invés de fazer uso do álcool gel de forma constante, preferir, sempre que possível, lavar as mãos com água e sabão (segundo as regras divulgadas pela Direção-Geral da Saúde, este gesto é eficaz quando feito por mais de 20 segundos).

Felizmente, é possível seguir todos os cuidados de higienização recomendados pela DGS e, ao mesmo tempo, manter a suavidade e a hidratação das mãos. Para preservar a saúde e a beleza da pele desta zona, lembre-se de seguir os seguintes passos:

  • Escolher um álcool gel que tenha glicerina na sua composição (agente que melhora a qualidade da pele);
  • Aplicar protetor solar para prevenir o envelhecimento precoce das mãos;
  • Investir num creme hidratante específico para as mãos, para criar uma película protetora sobre a superfície da pele;
  • Na lavagem das mãos, usar um sabonete antibacteriano com um pH adequado à sua pele, para promover uma correta eliminação de bactérias e de vírus, sem deixar que estas fiquem secas.

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