A mente criativa de Maria Lima levou-a a criar uma bebida única, de sabor ainda mais exclusivo. Tudo começou com uma viagem a Bali, na Indonésia, lugar onde ouvi pela primeira vez a palavra que ditaria o rumo do futuro: kombucha. Nasceu, assim, o projeto Aquela Kombucha, a primeira fonte de kombucha a granel em Portugal.
Aquela Kombucha já tem uma loja no Porto – Aquela Kombucharia –, na Rua Duque de Saldanha, 345, onde é possível experimentar esta bebida especial, comprar kombucha a granel ou optar por comprar packs. O projeto tem também a sua loja online, que pode conhecer através desta ligação.
Conversámos com Maria Lima, que nos revela tudo sobre esta sua iniciativa, que tem tanto de saudável como de saborosa.
Como surgiu a ideia de lançar este projeto? Como tudo aconteceu?
Este projeto surgiu do acaso, de um encontro que, desde início, me intrigou e captou. Esta descoberta partiu de uma conversa com uma amiga sobre um restaurante onde ia jantar, em Bali, e a sua sugestão de beber kombucha — disse que eu ia adorar. E assim foi. Desde esse momento (maio de 2017), passaram vários anos e nasceu um percurso de descoberta pelo mundo dos fermentados, assim como a aventura de montar uma fábrica e de lançar uma marca de kombucha em plena pandemia. Tudo aconteceu de forma gradual e consciente, apesar de parecer ter sido o Universo a empurrar-me para este caminho. Mas, mais importante, eu encontrava-me recetiva à descoberta e abracei a causa. O interesse das pessoas à minha volta multiplicou-se. Comecei a chegar a desconhecidos e a conhecer outros projetos na área, que me motivaram a investir nesta ideia maluca: a de montar a primeira fábrica de kombucha no Porto.
O que é exatamente Aquela Kombucha e onde entra o cariz sustentável do projeto?
Aquela Kombucha é chá fermentado, verdadeiro e fiel à sua essência. O objetivo ao criar a marca foi o de disponibilizar aos portugueses um produto tão fiel quanto a sua versão caseira. Ou seja, kombucha fermentada segundo a tradição, não deturpada por processos industriais de pasteurização, de diluição, etc. O cerne da marca é o produto, a sua qualidade e consistência, mas também o seu impacto e pegada na sociedade. As questões sociais, ambientais e culturais fazem parte do Universo de preocupações da equipa e a marca engloba isso, enquanto veículo de transformação positiva. Por isso, lançámos uma campanha de reflorestação associada ao sabor de edição limitada, Mirtilo (verão de 2020), e plantámos 100 árvores autóctones na Serra do Alvão, com a associação Plantar Uma Árvore. No Natal de 2020, produzimos e divulgámos uma serigrafia da artista emergente Eva Evita, pois a arte faz-nos mais felizes e preenchidos. Apoiar causas, projetos e pessoas que movem o mundo para melhor é a chave.
Porquê criar algo exclusivamente ligado à Kombucha? O que a torna tão interessante/fascinante?
A kombucha é um fermentado natural, ou seja, está repleta de vida, de microrganismos e são eles que nos fazem (e a fazem saber) tão bem! O seu processo de fermentação é fascinante: a formação do SCOBY (symbiotic culture of bacteria and yeast), a mudança profunda do seu sabor, a criação de gás... Quando percebi no que consistia a fermentação, fiquei rendida. Há quem faça pão, eu faço kombucha! Mas também faço pickles e chucrute nos tempos livres.
Quais os planos futuros?
Temos sabores novos para lançar, conteúdos bonitos para produzir (algo que nos entusiasma e diverte muito) e ações com impacto social e ambiental a desenvolver. Produto, comunicação e impacto – os três pilares d’Aquela Kombucha vieram para ficar e crescer em 2021!